Engenharia Ambiental: Surgimento

A Engenharia Ambiental deu seus primeiros passos exatamente em 05 de junho de 1972, quando houve a 1° Conferência Mundial sobre Meio Ambiente em Estocolmo, na Suécia. E é justamente em 05 de junho que é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente.

Como a preocupação com o meio ambiente já estava começando a surgir, durante essa conferência foi proposta que criassem profissões relacionadas ao estudo e aplicação tecnológicas para proteger o meio ambiente, surgindo então o termo desenvolvimento sustentável, muito abordado nos dias de hoje.

No Brasil essa ideia de formar novos profissionais relacionados ao meio ambiente surgiu em meados dos anos 70, quando os líderes brasileiros começaram a priorizar o saneamento com ampliação das redes de água e esgotamento sanitário. E foi no começo dos anos 80 que começaram a surgir os primeiros cursos de Engenharia Sanitária no Brasil, em Florianópolis/SC, Belém/PA e Cuiabá/MT.

Com a industrialização mundial avançando, o uso de recursos naturais foi aumentando assim como a poluição e devido a isso, em 1992 houve a 2° Conferência Mundial do Meio Ambiente, realizada no Rio de Janeiro. Novamente o assunto para criação de novas profissões relacionadas ao meio ambiente foi abordado, pois o saneamento estava aumentando conforme o esperado, mas outras questões relacionadas ao meio ambiente estavam estagnadas e com isso foi autorizado a criação do curso de Engenharia Ambiental no Brasil.

A primeira universidade que efetivou a abertura de uma turma de Engenharia Ambiental foi a Fundação Universidade do Tocantins, em Palmas, em 1992.

O Reconhecimento do Curso:


A Engenharia Ambiental teve seus primeiros cursos baseados na Engenharia Civil, não apenas a grade curricular, mas todos os professores da Civil davam aulas para a Engenharia Ambiental. Mas como o Ministério da Educação e Cultura - MEC só reconhece efetivamente um curso depois de ter turmas formadas, apenas em 1996 que o curso de Engenharia Ambiental foi reconhecido, a partir da primeira turma que se formou em 31 de janeiro daquele ano, em Palmas/TO.

Apesar da aprovação do MEC, o mercado de trabalho para este profissional demorou a ser reconhecido. Somente em setembro de 2000, o Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura (CONFEA) - na época a Arquitetura fazia parte do mesmo Conselho que a Engenharia, mas atualmente a Arquitetura tem um Conselho próprio, o CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo) - começou a aceitar registros dos profissionais de Engenharia Ambiental, através da resolução n° 447/2000.





Referencias:

Áreas de atuação

A função mais importante do Engenheiro Ambiental é preservar os recursos naturais e o meio ambiente. Por esse motivo, sua área de atuação é bem vasta, o engenheiro é um profissional interdisciplinar.




Os engenheiros ambientais podem desenvolver suas atividades nos setores:

Industriais;
Consultorias ambientais;
 ONG’s
 Instituições públicas e privadas;
 Atuando nas áreas de saneamento ambiental;
 Fazendo projetos e operando sistema de abastecimento de água e tratamento de esgoto;
 Além de avaliar sistemas de drenagem para evitar enchentes.

O profissional pode criar sistemas de prevenção e controle de poluição, além de elaborar as licenças ambientais (Licença Prévia, Licença de Instalação e Licença de Operação), entre tantas outras áreas. 




Mercado de Trabalho:


O Engenheiro Ambiental irá garantir bons salários e possibilidades de crescimento dentro da empresa que estiver atuando, o que faz com que muitas pessoas comecem a se interessar por este curso.

Por ser uma engenharia nova, os profissionais as vezes tem certas dificuldades para encontrar trabalho, pois, em alguns casos, outros engenheiros, e até outros profissionais, já estão ocupando o lugar. Mas conforme os problemas ambientais se agravam, o profissional de engenharia ambiental se torna mais reconhecido. O salário médio de um engenheiro varia em torno de R$ 3 e R$ 5 mil, dependendo da região (podendo aumentar bastante no auge da carreira), mas algumas empresas preferem contratar o engenheiro ambiental como analista ou até como gestor ambiental.

Problemas ambientais


Poluição do ar e mudanças climáticas:

Poluição do ar, desmatamento, extinção de espécies, degradação do solo e superpopulação representam grandes ameaças, que devem ser resolvidas para que o planeta continue sendo um lar para todas as espécies.

O Problema:

A atmosfera e os oceanos estão sobrecarregados de carbono. O CO2 atmosférico absorve e reemite radiação infravermelha, o que faz com que o ar, os solos e as águas superficiais dos oceanos fiquem mais quentes, a princípio isso é bom: o planeta estaria congelado se isso não acontecesse.

Mas há muito carbono no ar. A queima de combustíveis fósseis, o desmatamento para a agricultura e as atividades industriais aumentaram as concentrações atmosféricas de CO2 de 280 partes por milhão (ppm), há 200 anos, para cerca de 400 ppm. Isso é um aumento sem precedentes, tanto em escala quanto em velocidade. O resultado: perturbações climáticas.

O excesso de carbono é apenas uma forma de poluição do ar causada pela queima de carvão, petróleo, gás e lenha. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou recentemente que uma em cada nove mortes em 2012 está relacionada com doenças causadas por agentes cancerígenos e outros venenos presentes no ar.

Soluções:

• Substituir os combustíveis fósseis por energia renovável;
• Reflorestamento;
• Reduzir as emissões originadas pela agricultura;
• Alterar processos industriais.

A boa notícia é que a energia limpa é abundante - ela só precisa ser estimulada. Muitos afirmam que um futuro com 100% de energia renovável é possível com a tecnologia já existente.

Mas há uma má notícia, embora a infraestrutura de energia renovável como painéis solares, turbinas eólicas e sistemas de armazenamento e distribuição de energia, esteja se tornando cada vez mais comum, barata e mais eficiente, especialistas dizem que essas tecnologias não estão sendo utilizadas no ritmo necessário para evitar uma ruptura climática catastrófica. Dificuldades políticas e financeiras ainda precisam ser superadas. 



Degradação do solo:

Degradação do solo Problema: A exploração excessiva das pastagens, as monoculturas, a erosão, a compactação do solo, a exposição excessiva a poluentes, a conversão de terras, a lista de maneiras como os solos estão sendo danificados é longa. Cerca de 12 milhões de hectares de terras agrícolas são degradados seriamente todos os anos, de acordo com estimativas da ONU. 
Soluções:

Há uma vasta gama de técnicas de conservação e restauração do solo, como plantio direto, rotação de culturas e a construção de "terraços" para controle da erosão pluvial. Considerando que a segurança alimentar depende da manutenção dos solos em boas condições, é provável que este desafio seja solucionado no longo prazo. Ainda é uma questão em aberto, porém, se isso vai beneficiar igualmente todas as pessoas ao redor do globo.

Poluição da água:

Causas:

Sabemos que a água tem várias fontes de poluição, a maior delas está nas cidades. A falta de saneamento básico contribui muito para a poluição. Muitas das estações de tratamento de esgoto descartam o lixo produzido diretamente nas águas correntes. A chuva ácida é outra das grandes fontes de poluição da água, sua capacidade de destruição é tão grande que chega a acabar com a vida aquática. Os lixos dos aterros municipais quando vazam acabam indo para as águas subterrâneas. Os produtos agrotóxicos usados nas lavouras infiltram-se no solo e escorrem para os rios, lagos e até às águas subterrâneas. O ser humano tem causado grande prejuízo à natureza, através dos lixos, esgotos, dejetos químicos industriais e mineração sem controle.
Solução:

Uma forma de minimizar esse problema é através dos serviços de saneamento ambiental, que incluem a coleta e o tratamento de lixo e de esgoto (antes de lançá-lo nos rios e mares, diminuindo as substâncias tóxicas e patogênicas presentes na água). Porém, a ausência desse serviço é muito grande em vários países. No Brasil, por exemplo, mais da metade do esgoto é lançado em rios, lagos e no mar sem passar por um tratamento adequado. Além de evitar ou, no mínimo, diminuir a emissão de agentes poluentes, é necessário preservar e proteger os mananciais existentes. 


Poluição sonora:

A poluição sonora ocorre quando, em um determinado ambiente, o som altera a condição normal de audição. Esta poluição, embora não se acumule no meio ambiente como outros tipos de poluição, causa diversos danos à qualidade de vida da população.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que, para não causar nenhum prejuízo ao seres humanos, um som deve ficar em até 50 decibéis (unidade de medida do som, medido por um aparelho chamado decibelímetro). Passando de 50 db, os efeitos negativos começam, levando a problemas que podem ocorrer a curto ou a longo prazo.

















Precauções:

Nós podemos evitar os efeitos nocivos da poluição sonora tomando alguns cuidados, como, por exemplo: evitar lugares com muito barulho, escutar música em um volume baixo ou médio, não gritar em locais fechados, ficar longe das caixas de som durante um show, usar fones de ouvido com o mp3/iphone/ipod em um volume baixo, fechar as janelas do veículo em locais de trânsito barulhento, etc.

Queimadas:

As queimadas são processos que podem ser desencadeados com ou sem o auxílio da atividade humana, devido a razões naturais como: Estiagem, temperatura, umidade relativa do ar comprometida, ausência de chuva ou por motivos econômicos.

Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Brasil é o líder entre os países da América Latina em focos de queimadas, que concentram-se nas regiões Centro-Oeste, Norte e em algumas partes da região Nordeste.

Os impactos negativos causados em todo o planeta envolvem mudanças climáticas, aumento do aquecimento global, prejuízos à biodiversidade e à dinâmica dos ecossistemas, bem como a diversos tipos de agricultura.

As principais causas das queimadas no Brasil estão relacionadas a casos simples como a limpeza mais rápida ou renovação da pastagem de determinadas áreas de agricultores; aos interesses maiores, como a ampliação de áreas para criação de gado ou outras culturas agrícolas; e até mesmo outras causas não controladas, como focos acidentais de pontas de cigarro, fuligem incandescente de veículos e balões.







Referências: 





Curiosidades


Abes- Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental:

Fundada em 1966 no Rio de Janeiro, representada por colegas dos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro. É uma associação sem fins lucrativos com cerca de dez mil profissionais associados, que tem como missão ser a propulsora de atividades técnico-científica, político-institucionais e de gestão que contribuam para o desenvolvimento do saneamento ambiental, visando a melhoria da saúde, do meio ambiente e da qualidade de vida das pessoas.

Anean – Associação Nacional dos Engenheiros Ambientais:

O foco da ANEAM é “Valorizar, fortalecer e integrar a classe dos profissionais de Engenharia Ambiental do Brasil, para a defesa da sociedade”.

Este movimento foi criado para a valorização, fortalecimento e integração da classe, onde acreditamos que a Engenharia Ambiental tem um papel muito importante e nobre para a defesa sociedade e seu meio ambiente.

Abena- Associação Baiana de Engenharia Ambiental:

A Abena tem como missão promover a união e a defesa dos interesses dos profissionais de engenharia ambiental.

 A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou o Projeto de Lei 615/07 que institui o Dia Nacional do Engenheiro Ambiental a ser comemorado anualmente em 31 de janeiro, em virtude da formatura da primeira turma de engenheiros ambientais no Brasil.









Referências: